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Jorge Arreaza ao lado de Nicolás Maduro durante reunião no Palácio Miraflores em 18 de junho de 2014, quando era vice-presidente da Venezuela (Foto: Reuters/File Photo)
O governo da Venezuela criticou neste sábado (18) a reunião entre o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, e o prefeito da região metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, em Madri e classificou o encontro como um "ato hostil" da nação europeia contra o país caribenho.
"O governo bolivariano da Venezuela expressa sua rejeição perante as ações do presidente do governo da Espanha, após receber o foragido da Justiça venezuelana, Antonio Ledezma, indiciado pelos crimes de conspiração e formação de quadrilha", escreveu no Twitter o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
Gobierno Bolivariano de Venezuela expresa su rechazo ante las acciones del Presidente del Gobierno de España, @marianorajoy , tras recibir al prófugo de la justicia venezolana, Antonio Ledezma, enjuiciado por los delitos de conspiración y asociación para delinquir. pic.twitter.com/8pjeXfC46G
— November 18, 2017
Na mesma rede social o titular de Relações Exteriores venezuelano compartilhou um comunicado oficial no qual considera que o suporte do governo espanhol a Ledezma "não é mais que a continuação de uma longa lista de agressões e ingerências que se cometem contra o povo e o governo bolivariano".
O presidente do governo espanhol recebeu hoje o opositor venezuelano e se comprometeu com ele a trabalhar por uma solução plenamente democrática para a Venezuela, que "necessariamente" tem de passar pela libertação dos presos políticos e a convocação de eleições.
"O presidente Rajoy insiste, violando todos os princípios do Direito Internacional, em dar proteção e apoio sustentado a um grupo extremista da oposição violenta venezuelana, que violou todos os princípios democráticos e promoveu a desestabilização do governo", lamenta o comunicado de Caracas.
Por tudo isso, a chamada revolução bolivariana, liderada por Nicolás Maduro, denuncia perante a comunidade internacional "que esta ação se inscreve na estratégia, de grupos minoritários da extrema direita, de sabotar os esforços e avanços no diálogo político na Venezuela", que será retomado no início de dezembro.
Ledezma aterrissou hoje mesmo em Madri procedente da Colômbia após fugir na sexta-feira da Venezuela, onde cumpria prisão domiciliar desde 2015 sem nunca ter sido julgado.
Maduro desejou na sexta-feira (17), entre risos, "felicidade" ao prefeito da região metropolitana de Caracas e pediu à Espanha que não devolva este político ao seu país.