Complexo de Germano em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. (Foto: Samarco/Divulgação)
A mineradora Samarco, cujas atividades estão paralisadas desde novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, em Mariana, na região central de Minas Gerais, se rompeu, vai demitir 600 funcionários até o mês de dezembro.
A lama da mineradora matou 19 pessoas, destruiu distritos, afetou várias cidades mineiras e do Espírito Santo e ainda poluiu grande parte do Rio Doce.
Ela fez o anúncio durante uma reunião com sindicatos que representam os funcionários de Minas Gerais e do Espírito Santo. Segundo a empresa, o quadro de empregados vai cair de 1.735 para 1.135.
A decisão foi tomada porque não há previsão quanto à data de retorno das operações. A previsão é que ela seja gradual, com utilização inicial de 26% da capacidade produtiva.
Uma reunião para detalhar quais serão os termos das demissões será realizada nesta sexta-feira (17)
Em outubro, a Samarco prorrogou o layoff proposto a cerca de 800 trabalhadores das unidades de Germano, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, e em Ubu, em Anchieta, no Espírito Santo. Segundo a mineradora, os empregados que continuarem em layoff terão os direitos atuais garantidos, recebendo o valor correspondente à sua renda líquida mensal.
Esta foi a segunda prorrogação deste layoff, que começou em junho, e vai valer por mais cinco meses, de 1º de novembro até o dia 31 de março 2018.
Desde o rompimento da barragem de Fundão em novembro de 2015, em Mariana, os trabalhadores da mineradora já passaram por três períodos de layoff.