O que pesa mais na conta do emagrecimento? Por que alguns perdem rápido e outros demoram mais? No Bem Estar desta sexta, 17 de novembro, o endocrinologista Simão da Silva Bastos Neto explica porque os hormônios interferem tanto nos ponteiros da balança.
Você sabia que o comando de tudo está no cérebro? Ele leva um tempo para entender que o corpo está emagrecendo! E como sobreviver às tentações? A nutricionista do projeto Bem Verão, Carina Trevisan, dá dicas para conseguir.
Por que algumas pessoas perdem peso mais rápido? Quais são os fatores que influenciam o emagrecimento? O que sabemos é que não é só força de vontade, dieta e exercício físico que contam.
Genética - A genética é um fator crucial. Cada um tem a sua, por isso as pessoas não fazem as mesmas dietas, não tomam os mesmos medicamentos e não praticam exatamente os mesmos exercícios porque cada indivíduo é de um jeito. Cada organismo responde de uma forma. Os hormônios da fome (grelina) e da saciedade (leptina), por exemplo, podem funcionar de forma diferente em cada pessoa. A genética deve ser respeitada, mas não é uma sentença: família obesa, filhos obesos. Há como reverter o processo.
Idade - Após os 25 anos, nosso corpo começa a envelhecer. Depois dos 30 é quando a população sente mais diferença. Perder 2 quilos pode ser fácil aos 20 e um sacrifício aos 30. Isso ocorre porque o metabolismo vai desacelerando e se continuarmos com o mesmo ritmo (comida e exercícios) engordamos. Quanto mais jovem, mais fácil perder peso.
Peso/Composição corporal - Quem tem mais peso, perde mais também. Além disso, se na composição corporal tem mais músculo que gordura, a perda de peso é mais fácil porque é o músculo que consome mais energia.
Antes de começar - A forma que a pessoa levava a vida antes de iniciar o processo de emagrecimento é importante. Se era daqueles que nunca fez dieta, sempre comeu tudo e mais um pouco e fugia da academia, a mudança brusca de comportamento vai dar um susto no organismo e os quilos vão embora mais rapidamente, principalmente no início.
Hormônios - Doenças hormonais, como da tireoide, deixam o processo de emagrecimento mais difícil. Outro exemplo é a deficiência de testosterona nos homens, que terão dificuldade para produzir músculos, o que também dificulta perder gordura. É importante fazer exames laboratoriais para checar a saúde hormonal antes de iniciar um processo de emagrecimento.
Empenho e motivação - A motivação individual faz a diferença. É o empenho que ajuda a não sair da dieta ou dar mais no treino. Há pessoas que vão treinar no nível de conforto, outras vão além disso. Há pessoas que se mantém na dieta e outras que saem vez ou outra. Ambas emagrecem, mas quem se mantém na linha vai perder mais peso. É importante saber que estacionar o peso e até recuperar um pouco faz parte, mas não pode achar que está tudo perdido. Nesses casos, uma revisão de como está o comportamento da pessoa e novas estratégias podem ser implementadas.
Equilíbrio emocional - Estar com a vida emocional equilibrada é essencial. A comida é fuga e prazer para a maioria dos obesos. Distúrbios de ansiedade, compulsão, problemas de autoestima são comuns e a comida vira a única amiga. E essa procura nunca é por algo saudável, são alimentos gordurosos, cheios de caloria e açúcar. Fazer terapia também faz parte do tratamento da obesidade.
Após o projeto - Dicas para continuar perdendo ou manter o peso mesmo após o projeto: não abandonar as visitas aos especialistas; colocar metas tangíveis; continuar com o exercício físico, mesmo que não seja tão intenso; sempre preferir a comida de verdade; não encarar o alimento não-saudável como vilão, é importante saber que pode comer de vez em quando e aprender a lei da compensação.