MOSCOU (Reuters) - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, driblou nesta sexta-feira perguntas sobre a suposta existência de um programa de doping patrocinado pelo Estado na Rússia, país-sede da Copa do Mundo do ano que vem.
Infantino falava ao lado do vice-primeiro-ministro russo, Vitaly Mutko, antes do sorteio dos grupos do Mundial no Kremlin.
"A Fifa não participa de qualquer especulação sobre nenhuma situação", disse, referindo-se às alegações de doping com apoio estatal na Rússia, que poderiam levar à proibição da participação russa na Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em fevereiro.
Infantino disse que a Fifa está examinando jogadores dentro e fora das competições e que todos os exames da Copa das Confederações de 2017, da Euro 2016 e da Copa do Mundo de 2014 tiveram resultados negativos.
"Estes exames não são realizados na Rússia e são realizados por não-russos", disse Infantino aos repórteres.
"Obviamente, como foi o caso no passado e será o caso no futuro também, se acontecer de alguém cometer alguma violação de doping, de usar doping, haverá sanções."
Infantino acrescentou que a decisão que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tomará na semana que vem sobre a inclusão russa nos Jogos de Inverno não terá impacto na Copa do Mundo.
A Rússia sediará o torneio em 12 estádios de 11 cidades, incluindo Moscou, São Petersburgo e Sochi.
A federação de atletismo do país, seu comitê paralímpico e a Agência Antidoping Russa continuam suspensos devido a escândalos de doping.
(Por Gabrielle Tétrault-Farber)