terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Alerj terá terceiro presidente em menos de um mês

Alerj terá terceiro presidente em menos de um mês




Montes chegou a presidir sessão que afastou Picciani


Montes chegou a presidir sessão que afastou Picciani
Armando Paiva/Raw Image/Estadão Conteúdo - 17.11.2017





O deputado Wagner Montes (PRB), primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e presidente em exercício, se licenciou nesta segunda-feira (4) para tratar da saúde, oficialmente até 31 de dezembro.



No lugar de Montes, assume o segundo vice-presidente, André Ceciliano (PT). Ele será o terceiro presidente da casa em menos de um mês — todos da base de apoio do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB).



O pedido de licença será publicado nesta terça-feira (5), no Diário Oficial da Alerj. O parlamentar só voltará ao trabalho ao fim do recesso da casa, em fevereiro de 2018.



Wagner Montes vem com a saúde debilitada há algum tempo e já havia pedido licença antes este ano.



Montes se desloca com uma carreira de rodas e passou por constrangimento ao transitar pelo prédio da Alerj, uma vez que esse não é totalmente acessível a cadeirantes.



O primeiro vice-presidente chegou a presidir a polêmica sessão de 17 de novembro em que os deputados decidiram pela soltura do presidente hoje afastado, Jorge Picciani, e ainda dos colegas Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB e acusados de receber propina de empresários do setor de transportes urbanos.






Alvos da operação da Polícia Federal Cadeia Velha, os três foram presos em 16 de novembro, soltos no dia seguinte e encarcerados novamente no dia 21, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.



Eles estão na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde ficam também presos da Lava Jato no Rio, como o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB).



A Mesa Diretora da Alerj informou que irá criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o transporte rodoviário no Estado, conforme determinou o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio. Os integrantes da CPI serão indicados pelos líderes dos partidos.