sábado, 18 de novembro de 2017

'Tatuzões' do metrô de Fortaleza se deterioram e obra segue parada

'Tatuzões' do metrô de Fortaleza se deterioram e obra segue parada





Obra do metrô em Fortaleza não tem um metro construído



Obra do metrô em Fortaleza não tem um metro construído




Há quatro anos como promessa, as obras da Linha Leste do metrô de Fortaleza, com valor total de 2,3 bilhões de reais, deveriam encerrar em novembro de 2018, mas estão abandonadas. Pela cidade, os restos de material de construção se acumulam e os equipamentos que deveriam dar início ao trabalho, se deterioram.




É o que pode ser constatado nas peças de quatro máquinas tuneladoras, os conhecidos tatuzões, necessárias para a perfuração dos túneis. Os instrumentos foram adquiridos pelo Governo do Ceará, mesmo havendo contrato com construtoras para a execução da obra, e custaram mais de R$ 138 milhões.




As peças, que ainda precisam ser montadas, estão em um dos canteiros de obras de Fortaleza expostas ao sol, chuva e maresia. De acordo com o governo, os equipamentos vão passar por revisão e a previsão para estarem prontos, e começar a escavar os túneis, é no segundo semestre de 2018.





Segundo o procurador da República Alessander Sales, o atraso das obras se deu por uma confusão envolvendo as empresas do consórcio. “Ao refazer o consórcio vencedor, o governo escolheu incluir nesse consórcio uma outra empresa que tinha participado da licitação e tinha perdido. A partir desse momento começou todo o imbróglio, todos os problemas decorrem daí”, afirma.




A empresa em questão é a construtora Marquise, e a inclusão dela no consórcio, que havia sido formado entre as empresas Cetenco e Acciona, está sendo analisada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em nota, a Marquise afirmou que a nova composição do consórcio foi aceita pelo Tribunal de Contas da União (TCU).




A Cetenco deixou o empreendimento alegando não ter recebido pagamento do Governo do Ceará. Em nota, a empresa afirma “que exerceu direito assegurado por lei de deixar de executar o contrato que não é pago por mais de 90 dias”.





O governo se defende afirmando que o valor não foi pago porque é alvo de perícia judicial, e diz estar trabalhando para liberação dos recursos federais. Ainda conforme o governo, um novo cronograma da obra só pode ser estabelecido quando os trabalhos tiverem início.




Já o Ministério das Cidades disse que os recursos vão ser liberados quando houver uma proposta viável do governo do Ceará e as obras começarem.


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