terça-feira, 21 de novembro de 2017

Rodriguinho acredita que Corinthians será visto de outra forma no ano que vem

Rodriguinho acredita que Corinthians será visto de outra forma no ano que vem

Titular absoluto durante toda a temporada, Rodriguinho projeta um 2018 bem diferente em relação ao que o Corinthians viveu neste ano - a "quarta força", como foi chamado, será o time a ser batido. Além disso, o sonho de disputar a Copa do Mundo na Rússia parece algo cada dia mais distante para o jogador. Em entrevista ao Estado, o meia falou sobre o futuro, Copa Libertadores, pressão e brincou sobre a festa pelo título.

Ter sido campeão de forma antecipada dá um alívio?

Com certeza. Agora ninguém pode reclamar que estou bebendo, de ressaca e nem nada. Passamos à noite em claro após o jogo, até pela adrenalina que foi e ser campeão com a família no estádio é ainda mais especial.

Outros atletas corintianos falam que o jogo contra o Palmeiras foi o mais marcante. Concorda?

Foi porque a gente ganhou. Se tivéssemos perdido, teria sido o pior adversário naquele momento. A vitória naquele jogo (do segundo turno) deu uma motivação extra e a partir daquele momento, as coisas viraram, emplacamos uma sequência de vitórias e a torcida veio junto com a gente.

Esse ano teve proposta da Turquia e você ficou. Permanece para o ano que vem?

Eu tenho contrato até o fim de 2019 e estou muito feliz aqui. O ano foi excepcional e esperamos que o próximo seja de glória também. Eu só saio se for algo muito bom para mim e para o clube. Estou com a cabeça totalmente focada em cumprir o contrato e ajudar o Corinthians a conquistar títulos.

O Corinthians passou o ano todo sendo menosprezado, a história da "quarta força". Em 2018 será diferente?

Falar que não tem cobrança aqui é brincadeira. Aqui, sempre a cobrança é grande, independente de qualquer coisa. Teve um momento do campeonato que caímos de rendimento no segundo turno e a cobrança foi excessiva. Éramos o primeiro colocado, campeão paulista, com boa vantagem para o segundo lugar, e as críticas eram pesadas. Vai ser sempre assim e acredito que seremos vistos de outra forma no ano que vem.

O foco será na Libertadores?

Claro, sempre é. Acredito que todas as equipes pensam assim. Mas é importante destacar que vamos entrar em todas as competições para ganhar.

O Corinthians não teve bom desempenho nos mata-matas no ano, algo fundamental na Libertadores. Como melhorar isso?

Quando jogamos em Itaquera nós somos fortes. Se a gente tiver uma consciência para jogar fora de casa com inteligência e fazer o resultado no nosso estádio, somos sérios candidatos a triunfar em várias competições. Esse ano, a Sul-Americana não foi prioridade, já que estávamos na briga pelo Brasileiro, então talvez não tenhamos entrado com a concentração necessária.

Ir para a Copa na Rússia está nos seus planos?

Complicado falar sobre isso. Sei que tem jogadores à frente. O Tite é muito coerente nas coisas que ele faz e eu tive a minha oportunidade, mas depois não tive uma crescente como o esperado. Por isso, as convocações não vieram, outros jogadores foram e aproveitaram a chance. Então acho que a situação é mais complicada.

Entende que caiu de rendimento no meio da temporada?

O grupo inteiro caiu e acho que eu não estava na mesma forma que me apresentei no primeiro turno, por isso não voltei para a seleção.

Ajudar o Jô a ser artilheiro é a meta para o fim de ano?

Sim, seria a forma de coroar uma campanha sensacional.