segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Relembre as outras quatro finais do Grêmio em Libertadores

Relembre as outras quatro finais do Grêmio em Libertadores

Hugo de León, capitão do Grêmio, ergue a taça e Renato, sem camisa, vibra com a torcida Crédito: Carlos Rodrigues / CP Memória

Chegar à uma final da Libertadores não é fácil. Imagina, então, um clube que conseguiu alcançar cinco decisões. Por si só trata-se de um feito histórico. O Grêmio decidiu a competição em 1983, 1984, 1995, 2007 e agora, a partir desta quarta-feira, começa a decidir a edição 58 da Libertadores. O adversário, um argentino: Lanús.


Nas quatro vezes anteriores, venceu duas e perdeu outras duas. Portanto, o tira-teima será o deste ano, emblemático, pela forma da competição: praticamente o ano todo. Emblemática pela maneira com que o Grêmio chega à final: dirigido pelo maior ídolo do clube, Renato Portaluppi, que venceu a Libertadores de 1983 e perdeu a do ano seguinte, ambas como jogador do Grêmio. Renato perderia ainda a Libertadores de 2008, mas aí já como treinador. Dirigia o Fluminense na trágica final contra LDU. Portanto, para ele, esta final não deixa também de ser uma maneira de equilibrar a conta.


Em 1983, o Grêmio, venceu a Libertadores com autoridade. Depois do vice-campeonato brasileiro, quando perdeu o título para o Flamengo de Zico e companhia, a equipe ganhou o direito de disputar a Libertadores. Dirigida por Valdir Espinoza, a equipe tricolor realizou jogos históricos: o empate em 3 a 3 contra o Estudiantes, em La Plata, e a vitória em cima do América de Cali, no Olímpico, com Mazaropi defendendo pênalti. A equipe mostrava raça e determinação, marcas típicas de um time campeão: Renato, Tita, Osvaldo, Tarciso e Hugo de León eram os destaques. Na final, o tradicional Peñarol, do Uruguai. Time que já havia conquistado a Libertadores quatro vezes. No primeiro jogo, empate em 1 a 1 no Uruguai. Na partida de volta, 28 de julho de 1983, um Olímpico lotado viu Hugo de León erguer a taça e o sangue escorrer da testa, imagem símbolo daquela equipe. Caio e César anotaram os gols do tricolor.


No ano seguinte, o Grêmio, como atual campeão foi até a final atrás de um bicampeonato. A estreia na competição foi em grande estilo: goleada em cima do Flamengo (5 a 1). Duas vitórias em cima do Universidad Los Andes (Colômbia), uma derrota para o Flamengo e no jogo tira-teima, empatou com o rubro-negro carioca, mas avançou em razão do melhor saldo. Na final, outra parada complicada: Independiente, time multicampeão de Libertadores. O Tricolor perdeu a primeira partida no Olímpico e fora de casa não saiu de um zero a zero. Não deu para a equipe do atacante Renato Portaluppi.


JARDEL E PAULO NUNES: BICAMPEÃO DA AMÉRICA


Em 1995, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, a equipe dos atacantes Paulo Nunes e Jardel, dos meio-campistas Dinho e Goiano e do goleiro Danrlei pintou a América de azul, preto e branco. O título veio 12 anos após a priemira conquista e com o mesmo presidente: Fábio Koff. Foi a edição do histórico confronto contra o Palmeiras: 5 a 0 no Olímpico, briga e pancadaria. Em São Paulo, derrota por 5 a 1 e vaga garantida na semifinal. O adversário, Emelec, do Equador. Empate sem gols fora de casa e 2 a 0 no Olímpico. Vaga na final. O bi se aproximava. derrotou o Atlético Nacional (Colômbia) por 3 a 1 no primeiro jogo da final no Olímpico. O goleiro da equipe colombiana era o excêntrico Higuita, de defesas mirabolantes e falhas terríveis. Na Colômbia, empate em 1 a 1, e Dinho ergue a taça do BI.


RIQUELME ACABA COM O TRI


Em 2007, sob o comando de Mano Menezes, o Tricolor teve uma campanha instável, principalmente fora de casa, desde a primeira fase. Nos mata-mata, perdeu todos os jogos fora. Fez valer o calor do Olímpico quando precisava fazer escore ou reverter uma desvantagem. Foi assim até a grande final contra o poderoso Boca Juniors, equipe que vinha colecionando títulos nos anos 2000. Comandanda pelo craque Riquelme, o Grêmiou sucumbiu nos dois jogos: 3 a 0 na Bombonera e 2 a 0 no Olímpico. Uma final amarga para o torcedor.