
Cohab deve fazer regularização fundiária do assentamento do Glória em dezembro
Representantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG) e o Ministério Público Federal (MPF) se reuniram, nesta terça-feira (14), para tratar sore a regularização das cerca de 2.400 famílias que ocupam a área do Glória, em Uberlândia.
Em agosto, a Cohab manifestou interesse em assumir o local. Agora, com a doação da área que pertencia à UFU, a companhia deve realizar o trabalho de regularização fundiária em dezembro.
O cadastro das famílias já está sendo feito. A princípio, todos que já construíram casa ou comércio no Glória vão ficar. Uma mensalidade, de acordo com a realidade das famílias, será cobrada. O representante da Cohab disse que já esteve com o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, para pedir apoio.
Com a regularização da área, os moradores esperam que alguns problemas, como o descarte de lixo, por exemplo, acabem. A Prefeitura não faz a coleta dentro do Glória, mas colocou algumas caçambas entre o Bairro São Jorge e o assentamento. Porém, segundo os moradores, a quantidade de caçamba é pouca para muito lixo.
"As caçambas ajudam, mas o ideal para nós seria o caminhão de lixo. É um problema que vai se agravando", disse Claudionor Carlos, vendedor.
A produção do MGTV entrou em contato com a Prefeitura sobre os questionamentos e ainda não houve retorno.
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A princípio, todos que já construíram casa ou comércio no Glória vão ficar (Foto: Reprodução/TV Integração)
Campus Glória
A área de 63 hectares que fica às margens da BR-050 foi invadida no início de 2012 e conta com mais de 15 mil pessoas do Movimento Sem-Teto do Brasil (MSTB). A estrutura residencial improvisada tem numeração de casas, comércios instalados e área reservada a equipamentos públicos como escolas e unidade de saúde.
Contudo, a Justiça determinou que a reintegração de posse fosse feita no local. Desde então, negociações para desocupar o local já foram feitas, além de propostas para que a UFU recebesse da União uma doação de terreno para que fosse construído o campus Glória.