O vice-procurador-geral da República, Luciano Maia, enviou nesta terça-feira (14) parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que defende a manutenção de inquérito contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sob a relatoria do ministro Edson Fachin. Ele tenta se desvencilhar do selo "Lava-Jato". Segundo o Ministério Público Federal, "em que pese o inconformismo do investigado, os aclaratórios [recurso] não merecem prosperar".
A apuração contra Maia é desdobramento da delação premiada de executivos da Odebrecht. Segundo os colaboradores, o representante do DEM fluminense recebeu propina em três eleições (2008, 2010 e 2014), num total de quase R$ 1 milhão. O pai do deputado, o ex-prefeito Cesar Maia, também é investigado. Os dois negam irregularidade.
É a segunda tentativa dos advogados de Maia de tirar das mãos de Fachin a relatoria deste inquérito sob o argumento de que os fatos imputados ao deputado e ao pai não têm relação com a Lava Jato. No recurso anterior, a presidente do STF, Cármen Lúcia, negou o pedido por entender haver conexão do caso com outros inquéritos conduzidos por Fachin.
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