A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (16) um homem de 49 anos, suspeito de estuprar, agredir e manter em cárcere privado a esposa, de 45 anos, em Juiz de Fora.
A prisão ocorreu na terça-feira (14) em uma oficina mecânica, enquanto ele trabalhava. De acordo com a delegada da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, Dra Ione Barbosa, o suspeito descumpriu uma medida protetiva e a estuprou no último sábado (11).
Apurações da Polícia Civil mostraram que o autor mantinha a vítima em cárcere privado desde 2015, de modo que ela não tivesse contato com os filhos ou com vizinhos. Foi quando a mulher fez a primeira denúncia do caso. Na ocasião, ela e as filhas do investigado foram ouvidas.
Em 2016, a vítima compareceu à delegacia e um novo inquérito policial foi aberto. O investigado foi detido em flagrante dentro da delegacia, por coação e por tentar atrapalhar o andamento das investigações, mas foi solto uma semana depois.
Os dois se relacionaram por 28 anos, até que se separaram há alguns meses porque, segundo a vítima, ele a coagia a não levar o processo criminal a frente. "A prisão preventiva não tem prazo para terminar, portanto ele não será solto a qualquer momento, vai depender do juiz. Enquanto ele foi um risco à integridade sexual da vítima, o investigado não será solto", disse a delegada.
O autor vai responder, também, por atentado violento ao pudor contra as duas filhas, por abusar delas quando eram menores de idade. Barbosa explicou que, na época, a Lei de Estupro a Vulnerável ainda não vigorava. Ele permanece preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).