domingo, 26 de novembro de 2017

Dividir lutadores com outras marcas, teve impacto no fim de parceria entre Nova União e Kimura; entenda

Dividir lutadores com outras marcas, teve impacto no fim de parceria entre Nova União e Kimura; entenda

Por Yago Rédua


Recentemente, a Nova União, liderada por Dedé Pederneiras, anunciou o fim da parceria com algumas equipes espalhadas pelo Brasil, como a Kimura, por exemplo. Em entrevista coletiva na Upper Arena, o treinador e empresário citou que o fato de um lutador defender duas academias em um evento internacional, atrapalha no crescimento da marca e foi um dos pontos de “discordância”.


“Isso foi um dos pontos, sim. Porque a gente quer que a marca cresça. A partir do momento em que você divide a marca com tantas outras equipes… Esse foi, inclusive, o meu ponto de discordância com as outras equipes que saíram. Você não acaba conseguindo investir para fazer aquele crescimento de forma completa. Porque, enquanto você está falando comigo aqui, explicando e tal, tudo bem. Mas, o pessoal lá no Japão não consegue entender a divulgação de duas marcas coligadas. E você não consegue divulgar a sua marca e outras coisas”, revelou Dedé, afirmando que, apesar do rompimento, não existe qualquer ressentimento com os líderes das outras academias e citou o processo de “reestruturação”.


“Na verdade, existe uma reestruturação na Nova União hoje em dia que não envolve só a parte de competição. Algumas regras foram criadas e algumas equipes, não só a Kimura, que sempre foi uma grande equipe filiada a gente. Outras equipes menores também não conseguiram se encaixar. Não é que eles estejam errados e a gente que está certo. Quando você traça um objetivo de crescimento e organização, nem sempre a minha cabeça, a minha maneira de pensar é a mesma que a sua. Mas, não é por isso, que a gente deixa de ser amigo. Acho que hoje em dia a Kimura tem uma estrutura tão grande ou perto da Nova União, que consegue manter uma estrutura, com o pensamento dela para o próprio crescimento. A Nova União resolveu fazer da mesma forma. Eu não estou falando da parte competitiva, estou falando parte de organização como parte de uma empresa, o que a Nova União está se tornando agora. Isso eu prefiro não falar (nova organização da Nova União), porque são coisas internas. Não posso explicar isso, porque terei que entrar em um ponto de discordância, de todas as outras que a gente teve”, disse Dedé.


Dedé também exaltou as parcerias que chegaram ao fim e que proporcionaram o surgimento de grandes nomes para o MMA nacional. O treinador afirmou que o período de união foi bom para todos os lados.


“Sim (a vinda de novos talentos, a partir de academias filiadas). A gente de maneira alguma esquece a história que foi criada, em mais de 20 anos. Acho que tanto a Nova União, quanto a Kimura, como as outras equipes nos trouxeram excelentes atletas, assim como a gente trouxe grande conhecimento para essas equipes atingir o objetivo final que era fazer um campeão. Acho que foi uma troca de você ter um atleta com potencial e você mandava ele para uma outra equipe. Essa equipe começava a desenvolver um maior potencial dele, para ele chegar no nível mais alto. Acho que essa troca foi muito boa enquanto durou. Continuo sendo amigo do Jair (Lourenço) e de todos os outros líderes de equipes e assim vai continuar. Não é porque eu me desfiz de um negócio com você, seja um bar, boate, restaurante, que eu tenho que ser o seu inimigo imediatamente. Não houve um roubo, não teve nada disso. Teve opiniões diferentes e para evitar uma briga futura, você decidi abrir, antes do que aconteça. As vezes você leva um casamento até as últimas instâncias e quando vai ver, o cara está batendo na mulher, ao invés de ter separado lá atrás. Então, quer dizer, esse foi o momento em que aconteceu. Seguimos amigos e continuamos nos falando bem. Era o momento ideal para acontecer”, encerrou.


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