Carlos Burle, o maior surfista brasileiro de ondas gigantes e um dos principais do mundo na modalidade town-in, está lançando uma biografia. Em 'Carlos Burle - profissão: surfista', narra momentos marcantes da carreira. "A maior onda que peguei foi em Nazaré, Portugal, e media 35 metros", orgulha-se, frisando que vida de surfista nem sempre segue em mar de almirante.
"Levei muitos tombos, tive achatamento da vértebra T11, fissura no sacro e, certa vez, fiquei quatro meses sem colocar o pé no chão devido a um tombo sério. Também já desloquei o ombro", relembra Burle, que perdeu no mar alguns amigos surfistas da mesma categoria que ele. "É um esporte complexo", reconhece.
Aos 50 anos e recém aposentado, Carlos se orgulha da evolução do esporte no Brasil. "Quando comece aos 12 anos, lá em Recife, surfe tido como coisa de vagabundo". Sua própria família tinha preconceito com o hobby, que virou profissão rentável.
"Um dia meu pai disse que, se eu não largasse a prancha, terminaria empurrando carroça". Mas com as primeiras vitórias e os poupudos patrocínios, a maré virou a seu favor.