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Carlos Bilardo é suspeito de assédio sexual contra motorista de táxi
Reprodução/RadioBlue
O ex-diretor técnico da seleção argentina, Carlos Bilardo, foi denunciado por assédio sexual a uma motorista de táxi, na Argentina. O caso, que aconteceu em 27 de outubro, foi um dos momentos mais traumáticos da vida de Claudia Tripi.
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Segundo o jornal argentino Clarín, Bilardo, de 79 anos, assediou Claudia durante os 23 minutos da viagem entre o bairro de Caballito, em Buenos Aires, e a rádio La Red, onde ele apresenta o programa "A Hora de Bilardo".
A mulher contou, em depoimento à polícia, que ficou feliz ao ver que seu passageiro da noite era um famoso. "Ele foi o diretor-técnico de Diego Maradona, nos fez ganhar um mundial. Na hora fiquei feliz, e foi por isso que fiquei tão mal com o desenrolar da história. Ele era um ídolo para mim", afirmou Claudia.
Assim que Bilardo entrou no táxi, a motorista o ofereceu uma bala — procedimento padrão com todos os passageiros. "Eu ofereci uma bala a ele gentilmente, já que eu compro doces para todos os meus passageiros. É um serviço a mais", contou a motorista. "Assim que entreguei a bala a ele, ele me devolveu. Acreditei que ele fosse me entregar o papel para eu jogar no lixo, mas não. Ele me entregou a bala inteira", disse. Surpreendida, Claudia perguntou se Bilardo não iria comer o doce, e o ex-diretor técnico a contestou: "Chupe você primeiro que depois eu chupo".
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Motorista guardou recibo de táxi da viagem
Reprodução/Clarín
"Fiquei paralisada", relembra a motorista. "Ele começou a dizer que eu era muito atraente, que queria sair comigo e começou a tocar meu braço. Pedi que não me tocasse, enquanto ele comentava sobre o quão suave era a minha pele", afirmou a Claudia.
No entanto, Bilardo continuou a insistir que queria sair com a motorista. Mesmo explicando que tinha três filhos, quatro netos e que era casada, não foi o suficiente. "Ele insistia e dizia que meu marido não precisava saber, que era algo entre nós dois", explicou Claudia. Assim que chegaram ao destino, o ex-jogador se recusou a descer do táxi até que a mulher dissesse a ele o número de seu celular. A esta altura, Claudia só queria que o pesadelo acabasse, e, para isso, anotou o número de um antigo telefone que já não era mais utilizado. Mas Bilardo continuou: "Vou te convidar para sair, vamos jantar em um lugar muito lindo e vou te levar ao meu escritório. Lá, vamos a um lugar íntimo onde vou chupar seu seio direito", relatou a motorista.
A motorista só conseguiu gritar e pedir que ele a deixasse em paz. "Tenho 32 anos de profissão e nunca passei por algo assim. Tive medo, e esse medo me paralisou por quase um mês". A demora para fazer a denúncia aconteceu pelo receio que Claudia tinha das consequências. "Tinha medo de perder meu trabalho, de comprometer a conta do radiotaxi. Eu não posso perdeu meu trabalho", disse.
Questionado sobre o caso, Bilardo disse que não se lembra da ocasião.
