A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) divulgou uma nota nesta terça-feira (14) em que diz repudiar as acusações de procuradores do MPF (Ministério Público Federal) de que a Casa teria beneficiado empresários do setor de transportes.
“O Parlamento fluminense não atua em função de interesses espúrios de quem quer que seja, até porque somos uma Casa plural, submetida à permanente vigilância e escrutínio públicos”, afirma o comunicado.
“As decisões da Alerj são tomadas em votações colegiadas, abertas ao público, com transmissão ao vivo para toda a população, e precedidas de debates nas comissões temáticas e no colégio de líderes, que reúne todos os partidos”, acrescenta a nota.
O desembargador federal Abel Gomes, do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), relator da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio ordenou as conduções coercitivas de parlamentares da Alerj à Polícia Federal, na Operação Cadeia Velha. Ele determinou também seis prisões preventivas e quatro temporárias e 21 ações de busca e apreensão nos endereços de 14 pessoas físicas e sete jurídicas.
Os investigados, com prisão preventiva decretada, são donos de empresas de ônibus: Lélis Teixeira, Jacob Barata Filho, dono de 28 empresas de ônibus no município, e José Carlos Lavouras, investigados na Operação Ponto Final, além de Jorge Luiz Ribeiro, Carlos Cesar da Costa Pereira e Andreia Cardoso do Nascimento.
Já Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, Ana Claudia Jaccoub, Marcia Rocha Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento tiveram a prisão temporária decretada.
Na operação também foram ordenadas as conduções coercitivas dos deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB-RJ.