Termo é falso, diz promotor
O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) ouviu nesta segunda-feira (4) o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio. Segundo Claudio Calo, um dos promotores que participaram da ação, Cabral e outros presos da mesma ala foram ouvidos em uma investigação sobre a doação de equipamentos para montar uma videoteca na unidade prisional.
Em outubro, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) informou que a sala de vídeo estava sendo instalada com equipamentos doados por uma igreja que estava cadastrada para trabalhos missionários dentro das unidades.
A pasta apresentou um termo que consta a doação de um aparelho bluray, um gravador, uma televisão e 160 unidades de CD’s. Na época, as instituições religiosas negaram a doação.
Em entrevista na porta da prisão, o promotor informou que o documento de doação é falso e foi confeccionado dentro do sistema prisional. O MP também quer investigar envolvimento de agentes públicos que podem ter facilitado a entrada dos equipamentos e ajudado a falsificar o termo.
— Tudo que entra na Seap, até uma Bíblia, é registrado no livro da unidade. E há informações de que uma tv de 65 polegadas não foi registrada nos livros. Isso causa perplexidade, tanto o documento ser falso quanto a permissividade dos agentes.
Assista ao vídeo: