quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Em nova Assembleia Geral do COB, confederações mudam voto em apoio aos atletas

Em nova Assembleia Geral do COB, confederações mudam voto em apoio aos atletas

Uma nova Assembleia Geral Extraordinária - a segunda em duas semanas - deve definir nesta quarta-feira uma maior participação de atletas nas principais decisões do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Após manobra que anulou o voto da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) no encontro do dia 22 do mês passado, que causou revolta na confederação e em entidades ligadas a atletas, o comitê convocou nova reunião e a tendência é pela aprovação do plano original, que dará 12 votos a atletas olímpicos nas próximas assembleias do COB.

Com a repercussão negativa da primeira decisão, algumas confederações prometeram rever os votos contrários dados naquela assembleia. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), por exemplo, anunciou oficialmente que vai votar por 12 atletas. A de canoagem (CBCa) também promete mudar o seu voto. A de wrestling (CBW) deverá ir pelo mesmo caminho, mas, para isso, o presidente da confederação, Pedro Gama Filho, vai cobrar dos atletas da modalidade uma maior participação em comissões.

A confirmação do voto da CBRu, somada à mudança de lado de outras confederações, seria suficiente para dar as 12 cadeiras aos atletas. A alteração seria significativa. Até o mês passado, eles tinham direito a apenas um voto em um universo de cerca de 35.

"A CBRu está satisfeita com a decisão do COB de fazer uma nova votação a respeito do número de atletas participantes nas decisões assembleares da entidade. O voto inicial da CBRu, a favor da participação proporcional de 1/3 de representantes de atletas nas decisões, será mantido, pois entendemos que o momento do esporte brasileiro é de transformação e de maior participação de todos", disse a entidade.

A proposta, aliás, tinha tudo para ser aprovada na primeira assembleia. Em tratativas com a comissão que elaborou o novo estatuto do COB, representantes dos atletas haviam conseguido a promessa de que o número passaria a ser de 12, o que representa um terço do total de confederações que compõem a assembleia deliberativa.

Ao mesmo tempo em que tenta contornar essa crise, o COB se vê diante de pressões vindas de 10 dos principais clubes olímpicos do País. Eles divulgaram nota na última segunda-feira em que pedem que as duas cadeiras destinadas a "membros independentes" nos novos conselhos criados pelo comitê sejam destinadas a representantes desses clubes.