sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Contas falsas no Twitter impulsionam protestos contra exclusão da Rússia das Olimpíadas de Inverno

Contas falsas no Twitter impulsionam protestos contra exclusão da Rússia das Olimpíadas de Inverno

Por Jack Stubbs

MOSCOU (Reuters) - A campanha online que começou de forma tímida com um estudante se tornou um protesto massivo contra a exclusão da Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno - apoiado pelo que parecem ser falsas contas do Twitter e usuários ligados a causas anteriores pró-Kremlin.

Muitos russos estão, sem dúvida, chateados com a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de proibir a participação da equipe russa nos jogos de Pyeongchang, na Coreia do Sul, no início do próximo ano, devido a casos de doping "sem precedentes".

No entanto, esse sentimento público foi amplificado por contas no Twitteraparentemente automáticas ou semiautomáticas conhecidas como "bots" e "trolls", de acordo com a análise do tráfego de mídia social pela Reuters e um pesquisador de segurança britânico.

As empresas de mídia social, incluindo o Twitter, estão sob intenso escrutínio nos Estados Unidos, onde os legisladores suspeitam que suas plataformas foram usadas como parte de um suposto esforço russo para influenciar as eleições presidenciais norte-americanas de 2016 em favor de Donald Trump. O Kremlin negou categoricamente as acusações.

O presidente russo Vladimir Putin considerou a decisão do COI, tomada na terça-feira, como "orquestrada e de motivação política".

A mídia estatal, por sua vez, noticiou extensivamente o movimento de protesto em torno da hashtag "NoRussiaNoGames" (sem Rússia, sem jogos), dizendo que está cobrindo uma ação pública, assim como qualquer outro veículo de mídia faria e negando que seu trabalho seja orquestrado.

Mas o pesquisador Ben Nimmo disse que, embora uma grande parte do apoio público aos atletas russos online seja autêntica, a atividade do Twitter mostrou que mobilização pode estar sendo exagerada.

"O que temos aqui é uma pequena, mas genuína campanha de hashtag, que está sendo exagerada e ampliada pelos canais de propaganda do Estado russo para que pareça ser enorme e uma manifestação popular de raiva", disse Nimmo, que trabalha para o Digital Forensic Research Lab do grupo de pesquisa da Atlantic, com sede em Washington.

O Twitter não respondeu a um pedido de comentário.

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(Por Jack Stubbs)

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