Conhecidos como "piaçabeiros", extrativistas se aventuram na Amazônia
Reprodução/Record TV
O programa Câmera Record, da Record TV, ficou em 1º lugar e ganhou o 34º Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo de 2018 na categoria televisão. A reportagem Piaçaba: Exploração no coração da Amazônia derrotou outras 41 matérias jornalísticas inscritas e faturou a premiação.
O prêmio é concedido pelo MJDH (Movimento de Justiça e Direitos Humanos), a Ordem dos Advogados do Brasil, com o apoio da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (ARFOC/RS) e da ARFOC/Brasil.
Foi criado em 1984 com o objetivo de estimular o trabalho dos profissionais de comunicação na denúncia das violações e na vigilância ao respeito dos Direitos Humanos.
A reportagem tratava da produção extrativista da piaçaba, fibra da palmeira, usada na fabricação de vassouras. A equipe da Record TV entrou, pela primeira vez, no local em que uma população indígena, descendente da etnia Baré, chega a viver até seis meses dentro da selva atrás do produto.
Os trabalhadores passam o dia inteiro dentro da floresta, carregam toras de até 90 kg por dia e acabam adquirindo dívidas com gerentes da produção, porque o custo para chegar até o local e a alimentação é muito alto. Sob condições extenuantes, o MPT (Ministério Público do Trabalho) considera como trabalho análogo à escravidão.
Quando veiculada pelo Câmera Record, a reportagem investigativa comemorava a produção de 1.000 documentários do Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV, inaugurado em 2007.
A equipe que realizou a reportagem é formada por Sheila Fernandes, Romeu Piccoli, Rodrigo Bettio, Márcio Strumiello, Gustavo Costa, Leandro Pasqualin, Gabriela Viseu, Márci Sato, Sérgio Minehira, Rafael Ramos, Renan Laranjeira, Fábio Martins, Natália Fiorentino e Rafael Gomide.
Assista à reportagem abaixo: