sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Alerj vota projeto que regulamenta turismo em comunidades do Rio

Alerj vota projeto que regulamenta turismo em comunidades do Rio




Em outubro deste ano, uma turista morreu enquanto visitava a Rocinha


Em outubro deste ano, uma turista morreu enquanto visitava a Rocinha
Estefan Radovicz - 07/12/2017 - Agência O Dia





O turismo em comunidades cariocas é pauta de votação, nesta quinta-feira (7), na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Caso o projeto receba parecer favorável, o Estado do Rio terá uma política de regulamentação para agências e guias turísticos que oferecem o serviço.



O projeto de lei, da deputada Rosângela Zeidan (PT), foi apresentado após a morte de uma turista espanhola na favela da Rocinha, zona sul da cidade, no final de outubro. No dia em que María Esperanza foi morta, criminosos e policiais trocavam tiros na parte alta da comunidade. A guia de turismo que estava com o grupo declarou, na época, que havia conversado com um guia local sobre a segurança na área. Dias depois, a versão foi desmentida. 



Entre as medidas está a determinação de que as agências deverão, prioritariamente, contratar guias ou condutores que morem nessas comunidades. A ideia é oferecer mais segurança e, também, estimular a economia local. Outra proposta diz respeito a identificação dos guias, que deverá estar exposta e visível.



O texto, que será votado nesta tarde, também abrange áreas como povos tradicionais, reservas indígenas, comunidades quilombolas, de pescadores, e de conservação.



O projeto propõe ainda que a TurisRio (Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro) fiscalize e aplique as devidas sanções em caso de descumprimento das regras. As penalidades poderão ir desde advertência por escrito até o cancelamento do cadastro.



Para a deputada Zeidan, o Rio carece de uma regulamentação deste tipo há muito tempo.



— Temos aqui uma oportunidade de associar fomento do turismo com geração de renda. E é muito importante para a segurança de todos, moradores e turistas, que os guias nas comunidades sejam moradores. Vale ressaltar que o projeto não se trata apenas de favelas, mas também de aldeias, comunidades quilombolas, indígenas, vilas de pescadores — destacou.



*Sob supervisão de PH Rosa