O Wal-Mart Stores, maior varejista do mundo, informou vendas trimestrais melhores do que o esperado no conceito mesmas lojas nos Estados Unidos nesta quinta-feira (16), impulsionadas por compras relacionadas aos furacões Harvey e Irma nos Estados Unidos, e por aumento de vendas online.
A varejista tem registrado mais de três anos consecutivos de crescimento de vendas comparáveis, apesar da lenta demanda e um difícil ambiente de varejo que prejudicou os rivais de lojas físicas.
Excluindo itens especiais, o lucro por ação chegou a US$ 1 no terceiro trimestre encerrado em 31 de outubro, excedendo a estimativa média de analistas de US$ 0,97, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
O lucro operacional da empresa caiu 6,9% para US$ 4,76 bilhões. As margens operacionais caíram para 3,9%, ante 4,4% no mesmo período do ano anterior.
As vendas nas lojas dos EUA abertas há pelo menos um ano aumentaram 2,7%, excluindo as flutuações de preços dos combustíveis. Resultado mais forte do que as expectativas do mercado, de um aumento de 1,7%, segundo a Consensus Metrix.
As vendas online subiram 50% durante o trimestre, superando taxas de crescimento na indústria, mas o ritmo foi mais lento em relação ao aumento de 60% verificado no trimestre anterior. A empresa adicionou 80 pontos base ao ganho de vendas comparável ao terceiro trimestre, impulsionado pela aquisição da startup de comércio eletrônico Jet.com por US$ 3,3 bilhões no ano passado.
"O desempenho online da Wal-Mart continua a validar seus investimentos substanciais neste canal crítico", disse Charlie O'Shea, analista de varejo da Moody's.
O Wal-Mart vem investindo agressivamente no comércio eletrônico desde 2016 e agora vende mais de 60 milhões de itens online. A varejista oferece entrega gratuita de dois dias sem taxas de adesão para competir contra a Amazon e descontos em compras online.
A empresa também aumentou previsão de lucro para todo o ano. Agora, espera que o lucro por ação seja de US$ 4,38 a US$ 4,46, ante perspectiva anterior de US$ 4,30 a US$ 4,40.