O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da Segunda Região) transformou em preventiva a prisão de Ana Claudia Andrade, funcionária da Agrobilara, empresa do presidente licenciado da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), Jorge Picciani (PMDB), e de Fabio Cardoso do Nascimento, que estavam presos temporariamente no âmbito da Operação Cadeia Velha. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, teve a prisão convertida nesta quinta-feira (23).
De acordo com o MPF, Felipe e Ana Claudia agiam a serviço do deputado estadual Jorge Picciani e Fabio, em nome do deputado Paulo Melo. No pedido de conversão da prisão, o MPF detalhou casos de lavagem de dinheiro envolvendo Felipe Picciani e vendas de gado.
O pedido do MPF acolhido pelo desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da Lava Jato no TRF-2, foi embasado em análises da Receita Federal e nas buscas e apreensões feitas pela Polícia Federal.
Não foi pedida a conversão da prisão da investigada Marcia Rocha Schalcher de Almeida, por ter se concluído, até o momento, que ela não continua trabalhando para ocultar os recursos ilícitos destinados a Picciani.
A Operação Cadeia Velha investiga a relação de políticos com o recebimento de propinas de empresas de ônibus, que em troca seriam beneficiadas com isenções fiscais e aumentos de tarifa.