A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, no interior do Paraná, foi controlada na manhã deste sábado (11). A rebelião, que resultou em uma morte, começou na tarde da última quinta-feira (9), quando os presos fizeram três agentes penitenciários reféns, e só foi encerrada hoje por volta de 10h, assim que os presos liberaram o último funcionário depois de intensa negociação.
A princípio, os presos que provocaram o motim serão mantidos na unidade. Os detentos que não quiseram se envolver com a rebelião foram transferidos para outra unidade penitenciária da cidade, mas retornarão depois de concluída a etapa de verificação dos prejuízos ocasionados na estrutura e de outros procedimentos de segurança na penitenciária.
O diretor do Departamento Penitenciário (Depen) do Paraná, Luiz Alberto Cartaxo, explicou esta tarde, em entrevista à imprensa, que o esquema de segurança será reforçado e nenhuma visita poderá ser feita nos próximos dias até que o presídio seja recuperado.
Investigações preliminares feitas pelo Depen indicam que a confusão foi motivada por briga entre facções e que a rebelião teria sido estendida como uma estratégia dos presos que tentavam fugir. Cartaxo disse que foram identificados alguns pontos de fuga e que a penitenciária ainda faz a contagem para precisar o número exato dos que continuam foragidos. Alguns presos já foram recapturados.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) foi informada inicialmente que dois presos tinham sido mortos pelos rebelados, mas até o momento foi confirmada uma morte. De acordo com o órgão, além dos três agentes feitos reféns, 28 detentos ficaram feridos.
Segundo a Sesp, a penitenciária foi reformada em 2016 e tem capacidade para abrigar 1.160 presos. Atualmente estava com 980 detentos. Alimentação precária está entre as queixas relatadas pelos rebelados.
Edição: Aécio Amado