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Ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, em foto de arquivo de outubro de 2009 (Foto: Evaristo Sa / AFP)
O prefeito metropolitano de Caracas e opositor do governo da Venezuela, Antonio Ledezma, aterrissou neste sábado em Madri (Espanha), num voo que partiu de Bogotá (Colômbia). A informação é da agência EFE.
Ledezma chegou ao aeroporto de Barajas após ter fugido da Venezuela, onde estava em prisão domiciliar desde 2015.
No aeroporto, cerca de 30 pessoas o aguardavam com bandeiras venezuelanas, entre elas alguns familiares e o ex-presidente colombiano, Andrés Pastrana.
A esposa de Ledezma, Michi Capriles, presente no aeroporto com suas filhas Michi e Antonieta, anunciou que seu marido tem intenção de cumprimentar o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, durante sua estadia no país.
Além disso, ela antecipou que seu marido "estará viajando pelo mundo" para informar sobre a realidade venezuelana.
Encontro com Rajoy
Ledezma disse em entrevista à imprensa durante sua chegada à capital espanhola que será recebido presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, no Palácio da Moncloa.
"É preciso resgatar o mais rápido possível a democracia na Venezuela", afirmou Ledezma, acrescentando que seu país "está à beira do colapso definitivo".
Sobre as conversas que acontecerão nos dias 1º e 2 de dezembro entre o governo venezuelano e a oposição, na República Dominicana, Ledezma disse que se José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente do Governo espanhol, "tivesse apoiado para que os venezuelanos fizessem o referendo revogatório, nos teríamos economizado uns 100 ou 200 mortos".
Além disso, o prefeito metropolitano questionou por que Rodríguez Zapatero é o mediador e não o também ex-presidente do governo espanhol, Felipe González.
Sobre Rajoy, destacou que foi o primeiro presidente que, estando no cargo, se pronunciou a favor da oposição venezuelana.
De acordo com o Migración Colombia, órgão governamental responsável pelas fronteiras do país, Ledezma entrou na Colômbia pela Ponte Internacional Simon Bolivar, que dá acesso a cidade de Villa del Rosario, e fez todos os trâmites migratórios exigidos pelo país.
Segundo a France Presse, Ledezma garantiu que conseguiu fugir com a ajuda de militares venezuelanos.
"Foi uma travessia de filme passar por mais de 29 postos entre a Guarda Nacional e a Polícia do governo", contou à imprensa colombiana, na cidade fronteiriça de Cúcuta, sem dar detalhes, minutos antes de viajar para Bogotá, aonde chegou por volta do meio-dia.
De Cúcuta, pediu ajuda à Colômbia, para onde já fugiram vários juízes destituídos e a ex-procuradora-geral Luisa Ortega, que chegou a Bogotá em agosto, alegando perseguição política.
"Minha voz se une ao coro de vozes de venezuelanos que pediram auxílio da Colômbia", afirmou ele.
O prefeito caraquenho disse ter falado por telefone com o presidente colombiano Juan Manuel Santos, cujo governo foi um dos mais críticos da "ditadura" de Maduro.
"Esse telefonema e essa palavra não são uma solidariedade com a oposição. São uma solidariedade com a democracia venezuelana", afirmou Ledezma em uma entrevista em Bogotá ao canal NTN 24, na qual apareceu com a bandeira venezuelana pendurada no ombro.
*Com agências