sábado, 18 de novembro de 2017

Opositor venezuelano Antonio Ledezma, que fugiu da prisão, chega em Madri

Opositor venezuelano Antonio Ledezma, que fugiu da prisão, chega em Madri




Ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, em foto de arquivo de outubro de 2009 (Foto: Evaristo Sa / AFP)Ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, em foto de arquivo de outubro de 2009 (Foto: Evaristo Sa / AFP)


Ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, em foto de arquivo de outubro de 2009 (Foto: Evaristo Sa / AFP)




O prefeito metropolitano de Caracas e opositor do governo da Venezuela, Antonio Ledezma, aterrissou neste sábado em Madri (Espanha), num voo que partiu de Bogotá (Colômbia). A informação é da agência EFE.




Ledezma chegou ao aeroporto de Barajas após ter fugido da Venezuela, onde estava em prisão domiciliar desde 2015.




No aeroporto, cerca de 30 pessoas o aguardavam com bandeiras venezuelanas, entre elas alguns familiares e o ex-presidente colombiano, Andrés Pastrana.




A esposa de Ledezma, Michi Capriles, presente no aeroporto com suas filhas Michi e Antonieta, anunciou que seu marido tem intenção de cumprimentar o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, durante sua estadia no país.




Além disso, ela antecipou que seu marido "estará viajando pelo mundo" para informar sobre a realidade venezuelana.






Encontro com Rajoy





Ledezma disse em entrevista à imprensa durante sua chegada à capital espanhola que será recebido presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, no Palácio da Moncloa.




"É preciso resgatar o mais rápido possível a democracia na Venezuela", afirmou Ledezma, acrescentando que seu país "está à beira do colapso definitivo".




Sobre as conversas que acontecerão nos dias 1º e 2 de dezembro entre o governo venezuelano e a oposição, na República Dominicana, Ledezma disse que se José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente do Governo espanhol, "tivesse apoiado para que os venezuelanos fizessem o referendo revogatório, nos teríamos economizado uns 100 ou 200 mortos".




Além disso, o prefeito metropolitano questionou por que Rodríguez Zapatero é o mediador e não o também ex-presidente do governo espanhol, Felipe González.




Sobre Rajoy, destacou que foi o primeiro presidente que, estando no cargo, se pronunciou a favor da oposição venezuelana.





De acordo com o Migración Colombia, órgão governamental responsável pelas fronteiras do país, Ledezma entrou na Colômbia pela Ponte Internacional Simon Bolivar, que dá acesso a cidade de Villa del Rosario, e fez todos os trâmites migratórios exigidos pelo país.





Segundo a France Presse, Ledezma garantiu que conseguiu fugir com a ajuda de militares venezuelanos.




"Foi uma travessia de filme passar por mais de 29 postos entre a Guarda Nacional e a Polícia do governo", contou à imprensa colombiana, na cidade fronteiriça de Cúcuta, sem dar detalhes, minutos antes de viajar para Bogotá, aonde chegou por volta do meio-dia.




De Cúcuta, pediu ajuda à Colômbia, para onde já fugiram vários juízes destituídos e a ex-procuradora-geral Luisa Ortega, que chegou a Bogotá em agosto, alegando perseguição política.




"Minha voz se une ao coro de vozes de venezuelanos que pediram auxílio da Colômbia", afirmou ele.




O prefeito caraquenho disse ter falado por telefone com o presidente colombiano Juan Manuel Santos, cujo governo foi um dos mais críticos da "ditadura" de Maduro.




"Esse telefonema e essa palavra não são uma solidariedade com a oposição. São uma solidariedade com a democracia venezuelana", afirmou Ledezma em uma entrevista em Bogotá ao canal NTN 24, na qual apareceu com a bandeira venezuelana pendurada no ombro.




*Com agências