Usuários precisam estar atentos para evitar golpes que roubam dados pessoais
BBC BRASIL
Perder o acesso a sua conta de e-mail ou perfil em uma rede social pode ser um pesadêlo para qualquer internauta. E, essa experiência não é incomum, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA). Segundo o levantamento, 15% dos internautas admitiu que já teve sua conta de e-mail ou de rede social tomada por estranhos.
Entre maio de 2016 e março de 2017, os especialistas analisaram mercados paralelos de venda de senhas e informações pessoais para verificar como os hackers tomam o acesso de usuários de internet de suas contas pessoais. As descobertas foram anunciadas na Conferência de Segurança de Computação e Comunicação (CCS, na sigla em inglês).
Venda de senhas
O uso de keyloggers (programas que rastreiam a digitação), golpes de internet e falhas de apps terceiros que expõem senhas estão entre as principais fontes de senhas e dados pessoais para os criminosos.
Os pesquisadores identificaram que 788 mil credenciais foram expostas por meio de keyloggers, 12 milhões via golpes (também chamados de phishing) e 3,3 bilhões por meio de erros e vazamentos em programas de terceiros.
De acordo com o Google, as descobertas serão utilizadas na proteção das mais de 67 milhões de contas de usuários gerenciadas pela companhia.
Como se proteger
Para a companhia, a principal maneira de se proteger é utilizar algum tipo de autenticação de dois fatores. Ou seja, além de usar sua senha, o sistema requer uma outra forma de comprovar sua identidade. Alguns aplicativos e o próprio Google já disponibilizam esse tipo de autenticação em dois passos.
De acordo com os especialistas, é importante que o internauta preste muita atenção ao navegar na rede. Mesmo sites oficiais podem oferecer risco aos usuários. Mais de 200 mil usuários do mensageiro WhatsApp foram enganados nos últimos meses com a promessa de empregos, enviada por criminosos.
Por isso, se receber algum link de conteúdo duvidoso, desconfie. Se você se interessou pelo tema, é possível encontrar o estudo completo aqui (conteúdo em inglês).