quinta-feira, 16 de novembro de 2017

HC da Unicamp usa pela 1ª vez técnica de cateterismo cerebral para tratar paciente de AVC

HC da Unicamp usa pela 1ª vez técnica de cateterismo cerebral para tratar paciente de AVC





HC da Unicamp realiza cateterismo cerebral em pacientes vítimas de AVC



HC da Unicamp realiza cateterismo cerebral em pacientes vítimas de AVC




O Hospital de Clínicas da Unicamp testou pela primeira vez uma técnica conhecida como Trombectomia, uma espécie de cateterismo no cérebro, que geralmente está disponível em poucos hospitais particulares no país.




O procedimento foi utilizado, na sexta-feira (10), para tratar o comerciante Celso Roque de Faria, que sofreu um acidente vascular cerebral isquêmico, aquele em que a artéria é obstruída por um coágulo. “Estou bem aliviado”, comemora o paciente, que não deve ter sequelas. A alta médica dele deve ocorrer nas próximas horas.




De acordo com os médicos, este procedimento deve ser adotado nos casos em que a obstrução ocorre em artérias maiores, quando o coágulo é muito mais denso.




Geralmente, o procedimento mais comum na rede pública é combater o AVC isquêmico com medicação intravenosa, mas não deu certo no caso do comerciante. Desta forma, o cateterismo cerebral foi usado após autorização da família do paciente.




De acordo com o neurologista Fabrício Buchdid, este método acessa o coágulo com materiais que entram pela virilha do paciente. Depois, outros materiais entram e combatem o problema.






O médico Fabrício Buchdid durante entrevista à EPTV nesta quinta-feira, dia 16 (Foto: Reprodução EPTV)O médico Fabrício Buchdid durante entrevista à EPTV nesta quinta-feira, dia 16 (Foto: Reprodução EPTV)


O médico Fabrício Buchdid durante entrevista à EPTV nesta quinta-feira, dia 16 (Foto: Reprodução EPTV)







Estudo em 25 centros





A Unicamp é um dos 25 centros do Brasil envolvidos em um estudo financiado pelo Ministério da Saúde que pretende comprovar que a trombectomia é viável para ser adotada como padrão na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), embora tenha um custo mais elevado.





Este procedimento reduz em 40% o risco de o paciente ficar com sequelas. Outras vantagens são: evitar infecções, uso de antibióticos caros e redução do tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o médico.




Mensalmente são atendidos na Unicamp 90 pacientes com acidente vascular cerebral. O AVC é a segunda maior causa de mortes no país, e a primeira por incapacidade, segundo os médicos da Unicamp.