terça-feira, 14 de novembro de 2017

EUA aprovam pela primeira vez pílula digital rastreável 

EUA aprovam pela primeira vez pílula digital rastreável 




Sensor em pílula envia dados para aplicativo com informações sobre uso (Foto: Proteus Digital Health)Sensor em pílula envia dados para aplicativo com informações sobre uso (Foto: Proteus Digital Health)


Sensor em pílula envia dados para aplicativo com informações sobre uso (Foto: Proteus Digital Health)




O FDA, órgão norte-americano equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprovou pela primeira vez nos Estados Unidos uma pílula digital rastreável. Trata-se de um sensor acoplado ao medicamento aripiprazol, um antipsicótico já usado para o tratamento de distúrbios mentais, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar.




Além do combo pílula-sensor, o sistema é composto por uma espécie de adesivo, que vai acoplado ao corpo. O duo, assim, envia as informações para o adesivo que, por sua vez, manda os dados para um aplicativo de celular.




A empresa alega que a tecnologia pode ser útil para manter a adesão desses pacientes ao tratamento -- uma vez que alguns, pela desordem mental, podem ter dificuldades para manter a terapia durante um longo período de tempo.




Não foram apresentados, no entanto, segundo o FDA, estudos mostrando que a tecnologia aumenta a adesão à terapia -- embora o órgão tenha aprovado o dispositivo pelo seu potencial.






"Ser capaz de monitar a ingestão de medicamentos prescritos para a doença mental pode ser útil para alguns pacientes", disse Mitchell Mathis, diretor da Divisão de Psiquiatria do FDA, em nota da instituição.





"O FDA apoia o desenvolvimento e o uso de novas tecnologias e está comprometido a trabalhar com empresas para entender como essa tecnologia pode beneficiar pacientes e médicos."




O FDA alerta, no entanto, que o medicamento não deve ser usado para rastrear a ingestão de drogas em tempo real porque pode haver um atraso na disponibilidade da informação.




Pelo mesmo motivo, a tecnologia não deve ser usada para rastreamento em situações de emergência ou em outras situações em que as informações precisam estar disponíveis rapidamente.




A tecnologia acoplada ao medicamento é um desenvolvimento de duas empresas: a Otsuka Pharmaceuticals e a Proteus Digital Health.




A imprensa americana tem levantado questões relacionadas à privacidade de pacientes -- já que, uma vez disponíveis na rede, fortes mecanismos de segurança devem ser desenvolvidos para que os dados não sejam usados para fins não diretamente associados às motivações para a aprovação da tecnologia.