quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Desafio de Rui Costa foi começar do zero na Chapecoense após tragédia aérea

Desafio de Rui Costa foi começar do zero na Chapecoense após tragédia aérea

Há um ano, o mundo chorava a morte de 71 pessoas no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense nas proximidades de Medellín, na Colômbia. Dias depois, era necessário dar início à reconstrução do clube catarinense. Era preciso continuar. Coube ao diretor executivo Rui Costa uma das missões mais delicadas do futebol brasileiro: a de remontar o time em meio à tragédia.

Rui Costa lembra que o maior desafio foi superar a desconfiança. "Não chegamos para continuar um projeto, mas para substituir alguém que morreu. É pior. Tudo que a gente fazia lembrava alguém que tinha morrido no avião", disse o cartola ao jornal O Estado de S.Paulo.

Saber dosar a emoção pela tragédia ainda sentida com o profissionalismo necessário foi fundamental para reconstruir um elenco do zero, ser campeão do Campeonato Catarinense e continuar competitivo no ano.

"Não quis apelar para o lado sentimental. Fomos pela linha da reconstrução e de lembrar os jogadores que eles teriam uma visibilidade mundial neste ano, pois todos estavam olhando para Chapecó e para a Chapecoense", contou Rui Costa. Pelo cenário encontrado ao chegar, imaginar que, um ano após a tragédia, o time poderia comemorar o título estadual e permanência na Série A do Brasileiro parecia utopia.

Para 2018, a ordem é crescer e se fortalecer ainda mais. "Vão passar a respeitar a Chape como um concorrente na disputa por títulos. Queremos ser respeitados pelo trabalho e não ganhar nada de presente", disse o dirigente.