Como as cidades e metrópoles podem garantir que as crianças se apropriem dos espaços públicos e tenham direito de usufruírem os espaços nas cidades? As crianças, que décadas atrás tinham liberdade e espaços para usufruir, agora estão confinadas entre muros e ambientes fechados, já que as cidades não foram inicialmente planejadas para elas. Mas podemos reverter isso, incentivando a criação de espaços lúdicos nas cidades. Esses espaços não são apenas locais de lazer, são também espaços de saúde, educação, cidadania, onde as crianças se exercitam, se desenvolvem e criam relação afetiva com o espaço urbano.
Em recente visita à cidade alemã de Friburgo, reconhecida mundialmente por seu planejamento sustentável integrando a natureza ao espaço urbano, vimos o resultado de um planejamento, feito há décadas: as crianças são acolhidas, priorizadas e respeitadas pelas políticas públicas da cidade, que se tornou um espaço acessível e seguro para os pequenos, graças ao envolvimento de pais, educadores, comunidade e gestores. Que tal refletirmos e nos engajarmos para promover mudanças por aqui também?
Para ajudar, o vídeo a seguir apresenta o depoimento de Roni Hirsch, designer e fundador do Erê Lab, em que ele aborda uma série de desafios que as cidades possuem para estabelecer uma relação afetiva com as crianças a partir dos espaços públicos, levando em conta os princípios da sociabilidade, autonomia e respeito à infância.
>> Uma cidade das crianças é uma cidade de todos
>> Por que desemparedar os alunos
>> Vamos permitir que as crianças se arrisquem
>> A importância ecológica das festas populares
>> O pediatra que receita doses de natureza
>> Os ganhos emocionais do contato com a natureza
>> As crianças são mais felizes quando brincam ao ar livre
*Laís Fleury é diretora do Criança e Natureza, do Alana, fundadora da Associação Vaga Lume e empreendedora social reconhecida pela Ashoka Empreendedores Sociais.