sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Conselho de Medicina apura morte de bebê que teve cabeça separada do corpo durante parto em MG

Conselho de Medicina apura morte de bebê que teve cabeça separada do corpo durante parto em MG


O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) abriu sindicância para apurar a morte de um bebê durante um parto normal em Araguari. Em nota, o conselho informou nesta sexta-feira (17) que tomou conhecimento do caso na quinta-feira (16). A mãe da criança e a Santa Casa de Misericórdia da cidade confirmaram que a menina teve a cabeça separada do corpo durante o parto.




A Polícia Civil investiga o caso, que ocorreu no dia 30 de outubro. A mãe, Tânia Borges Vieira da Silva, de 41 anos, contou ao G1 que a gestação foi tranquila e acompanhada por um médico em Tupaciguara, cidade onde vive. No entanto, no dia 24 de outubro, ela começou a sentir dores e foi encaminhada para Araguari.




“Como toda gestação, a da minha menina não tive problemas. Quando comecei a sentir dores, procurei a policlínica de Tupaciguara e fui encaminhada para Araguari. Quando cheguei ao local, informaram que não tinha dilatação para o parto e me liberaram para casa. No outro dia eu voltei a sentir dor, procurei o hospital e novamente fui dispensada”, contou.




A Santa Casa explicou, em nota, que a gestante teve a internação aceita pelo hospital através do sistema SUSFácil, às 11h03m e deu entrada no hospital somente às 13h23m. O transporte foi sob responsabilidade exclusiva do Município de origem, Tupaciguara.




De acordo com o hospital, a gestante chegou à unidade em trabalho de parto, com exteriorização dos pés e do cordão umbilical do feto. A unidade disse ainda que, já na chegada, foi detectada ausência de sinais vitais, o que comprova que o feto chegou em óbito.




"O parto vaginal evoluiu com cabeça derradeira, complicação prevista em apresentações pélvicas, sendo necessário procedimento cirúrgico para resolução. O episódio é uma fatalidade e o hospital e a equipe técnica lamentam não ter tido acesso à paciente num momento mais precoce, o que poderia ter contribuído para um desfecho mais favorável", diz a nota.






Mãe confronta versão do hospital





Tânia confrontou a versão da unidade de saúde e disse que o bebê não chegou morto na unidade. A mãe procurou a Justiça para denunciar o caso.




“O atestado de óbito diz que minha menina nasceu morta, mas eu não acredito nisso. Coração de mãe não se engana. Eu já tenho um filho de quatro anos e sei disso. Na minha casa ninguém quis ver o corpo da minha Rebeca, ninguém quis vê-la naquela situação. Procurei a Polícia Militar e a Defensoria Pública e espero que investiguem isso. A minha filha não volta”, desabafou.