Cinco meses depois de anunciar o corte de 50% dos recursos destinados às escolas de samba do Grupo Especial, oficialmente para priorizar as áreas da Saúde e da Educação, a gestão de Marcelo Crivella anunciou nesta quarta-feira (29) que seu "Projeto Carnaval Rio 2018" bateu recorde orçamentário, graças a investimentos privados da ordem de R$ 35 milhões, oriundos das empresas Uber e Dream Factory.
O presidente da Riotur, Marcelo Alves, que organiza o carnaval carioca, disse que o resultado mostra que a folia pode ser autossustentável, e garantiu que será o maior carnaval de todos os tempos.
"É fruto de um trabalho árduo e conjunto entre as esferas do poder público e a iniciativa privada. Nossa missão de garantir que o espetáculo seja apresentado ao redor do mundo, diminuindo o investimento público e atraindo a atenção de patrocinadores para o potencial mercadológico da festa, está surtindo o efeito esperado", afirmou o presidente da Riotur.
Alves afirmou ainda que até o carnaval, em fevereiro de 2018, a Riotur vai buscar outros investimentos para a festa. Os R$ 35 milhões cobrirão custos operacionais do carnaval de rua, como o fechamento de vias e o serviço de limpeza, os desfiles das escolas de samba na Avenida Intendente Magalhães, os blocos de embalo e enredo, e os palcos e bailes populares que a prefeitura organiza.
"O investimento será destinado a melhorias estruturais e de ordenamento, incluindo segurança, fiscalização, operação de trânsito, comunicação visual, postos médicos e banheiros químicos, além de cinco centros de videomonitoramento, instalados nas áreas de maior circulação", informou a Riotur.
Uma parte também vai entrar na verba que é destinada anualmente a escolas do Grupo Especial. Segundo a Riotur, as 13 agremiações irão receber um total R$ 19,5 milhões, e a Liesa (Liga das Escolas de Samba), R$ 27,5 milhões. Na terça-feira (28) o Ministério da Cultura divulgou que vai destinar R$ 8 milhões para as 13 escolas, via Lei Rouanet. Os recursos são da Caixa Econômica Federal.