Lusvarghi disse que foi torturado e criticou autoridades brasileiras
Reuters
O brasileiro Rafael Marques Lusvarghi, de 32 anos, preso há mais de um ano na Ucrânia, será novamente julgado a partir desta terça-feira (14), após anulação da condenação inicial que ele havia recebido, de 13 anos de cadeia. O julgamento foi anulado porque a corte local considerou que houve irregularidades.
Ele foi preso em 6 de outubro de 2016, sob acusação de terrorismo, após ter servido as forças separatistas na Ucrânia, contra o exército ucraniano, em 2014.
Depois da guerra ele retornou ao Brasil e, dizendo-se necessitado de um emprego, aceitou proposta de empresa ucraniana para ser segurança de navios ucranianos no Chipre. A oferta, ao que tudo indica, foi uma emboscada para capturá-lo.
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Detido no Aeroporto Internacional de Kiev-Borispol, ele foi levado a prisão de Kiev e afirmou em carta que, posteriormente, fez uma confissão sob tortura.
Lusvarghi, que também fora preso no Brasil durante manifestações contra a Copa do Mundo, criticou as autoridades brasileiras por, segundo ele, não estaram lhe dando o suporte necessário para se defender das acusações. Ele alega inocência.
O Itamaraty afirmou que há um representante consular da embaixada do Brasil em Kiev que irá acompanhar a audiência.