Pelo segundo dia consecutivo, as polícias civil e militar realizam operações no Morro do Barbante, na Ilha do Governador, e no Complexo da Maré, as duas na zona norte do Rio. As ações deixaram 14.505 alunos da rede municipal de ensino sem aula, por medida de segurança.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 18 escolas, 13 Espaços de Desenvolvimento Infantil, sete creches e um Centro de Educação de Jovens e Adultos estão sem atendimento na Maré, suspendendo as aulas para 14.335 alunos.
A ação na Maré foi feita pela DCOD (Delegacia de Combate às Drogas) da Polícia Civil. O delegado Felipe Cury, titular da especializada, que comandou a ação contra o crime organizado, disse que na chegada à região os policiais foram recebidos a tiros, mas ninguém ficou ferido.
Morro do Barbante
Na Ilha do Governador, uma ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, no Morro do Barbante, deixou 170 alunos e um Espaço de Desenvolvimento Infantil sem aula hoje.
Este é o segundo dia de operação da PM no Morro do Barbante depois que um grupo de 40 traficantes destruíram no sábado passado (25) o Posto de Policiamento Comunitário da Polícia Militar (PM), em represália à proibição pela corporação da realização de um baile funk na comunidade.
Em confronto, com os militares do Bope, dois suspeitos acabaram feridos e foram levados para um hospital público da região. Foram apreendidos um fuzil e uma escopeta, além de uma quantidade drogas ainda não contabilizada.
A região é comandada pelo traficante Wagner Barreto de Alencar, o Cachulé, de 37 anos. Ele é o principal suspeito de ordenar no último sábado (25) a destruição do Posto da PM e expulsar dois policiais militares de serviço na unidade militar instalada na Vila Joaniza, no morro do Barbante. Cachulé é acusado de liderar o tráfico de drogas da comunidade e de ser ligado à facção criminosa Comando Vermelho. Ele responde por vários crimes e é considerado foragido da justiça.